Esporte
Caixa recusa proposta do Corinthians para quitação da Arena
A proposta feita pelo Corinthians foi apresentada ao banco no início de novembro. A intenção do clube era pagar pouco mais de R$ 531 milhões para zerar os débitos do estádio, oferecendo os R$ 300 milhões do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights do estádio.
O restante seria composto pela compra, com 90% de desconto, de dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo. A base da proposta está nesses títulos, chamados de precatórios.
Carlos Antônio Vieira Fernandes, presidente do banco, chegou a visitar a Neo Química Arena no fim de novembro.
Ao longo de 2023, por exemplo, o Timão repassou quase R$ 100 milhões ao banco só de juros. No acordo atual, o valor principal, que vai de fato abater a dívida e passa dos R$ 600 milhões, só começa a ser pago em 2025.
A renegociação corria em paralelo à intenção do Corinthians, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, de oferecer ao mercado 49% da Neo Química Arena. O clube pretendia vender cotas de fundo imobiliário, seja para um investidor de maior peso ou de forma pulverizada na Bolsa de Valores.
Na posse como presidente do Corinthians, Augusto Melo disse que não acreditava em um acordo do clube com a Caixa para a quitação do estádio.
– Perdi a eleição (de 2020) por alguns votos depois que anunciaram a venda dos naming rights. Agora tentaram (a quitação) com a Caixa e sabíamos que era impossível. Fui chamado de Pinóquio e vamos provar quem é Pinóquio. Ele (Andrés Sanchez) disse que mudaria de nome se não quitasse a arena até o dia 31. Vocês têm que cobrá-lo sobre mudar de nome – disse Augusto Melo.
O ge entrou em contato com o ex-presidente Andrés Sanchez – que rebateu na época dizendo que o acordo seria finalizado até o fim de janeiro -, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.