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Prisão de opositora de Maduro na Venezuela é criticada por ONGs e políticos
A prisão de Rocío San Miguel, de 57 anos, que teria sido detida na sexta-feira (9) no Aeroporto Simón Bolívar, em Maiquetía, causou reação de organizações não governamentais (ONGs), políticos e partidos venezuelanos. Ativista, advogada, presidente da ONG Control Ciudadano, e especialista em questões militares venezuelana, Rocío faz oposição ao governo de Nicolás Maduro.
A desaparição forçada se transformou em uma prática recorrente no extenso repertório repressivo das autoridades venezuelanas, executada com o objetivo de silenciar a crítica e cerrar o espaço cívico”, disse a ONG de defesa dos direitos humanos Provea, em uma publicação em uma rede social, na tarde deste domingo (11). Segundo a entidade, não havia informações sobre o paradeiro ou as condições de saúde em que se encontra a atividades.
Nas redes sociais, internautas estão compartilhando a hashtag “#DondeEstáRocío” (onde está Rocío) para chamar atenção ao caso. Em seu perfil no X, a ONG Anistia Internacional divulgou uma mensagem pedindo a liberdade “imediata e incondicional” da ativista.
Outra adversária política de Maduro, Maria Corina Machado, que teve a candidatura vetada das eleições, compartilhou uma publicação do Comitê de Direitos Humanos do Vente Venezuela, seu partido político, e disse que alertou o mundo que os “ataques repressivos do regime de Maduro” continuam. “Pedimos solidariedade nacional e internacional a ela e a todos os presos e perseguidos políticos na Venezuela”, escreveu.
Poucas semanas antes da prisão de Rocío San Miguel, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a detenção de 32 pessoas por estarem supostamente envolvidas em cinco planos para assassinar o presidente Maduro. San Miguel recebia medidas de proteção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por causa de “constantes” ataques recebidos, segundo a Provea.