Pará
pronuncia após Justiça do PA suspender ‘Festival de Verão da Diversidade’: ‘Sabemos bem o nome disso, né?’
Após o desembargador Mairton Carneiro, do Tribunal de Justiça do Pará, suspender o Festival de Verão da Diversidade em Cametá, a cantora Pabllo Vittar se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais. A artista iria se apresentar na noite deste sábado (29), junto com outros shows.
“Algumas coisas saem do nosso controle e nesse caso sabemos bem o nome disso, né?”, disse.
Na postagem, Pabllo Vittar também agradeceu ao prefeito e à Prefeitura de Cametá por lutarem por uma “sociedade diversa e igualitária”.
A decisão do TJPA atendeu um recurso do Ministério Público do Pará (MPPA). A promotoria argumentou que o Município decretou situação de emergência no dia 27 de março de 2023, justificando-se por não dispor de recursos financeiros.
O festival tem recursos do governo federal, estadual e da Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto de Cametá.
O prefeito da cidade, Victor Cassiano (MDB), também se pronunciou semanas atrás sobre as primeiras críticas que o festival vinha recebendo.
“Já tivemos vários festivais com cachês maiores do que está sendo pago ao artista Pabllo Vittar e essas mesmas pessoas nunca se importaram. (…) estamos sendo atacados de forma leviana, por pessoas que não fazem nada para combater o preconceito que fere e mata todos os dias milhares de pessoas”.
Decisões da Justiça
Primeiro o MP entrou com o pedido, que inicialmente havia sido negado pelo Tribunal de Justiça, decisão que partiu do juiz Marcio Campos Barroso Rebello. Ele havia mantido integralmente o evento nos dias 28, 29 e 30 de julho de 2023 no município localizado no nordeste do Pará. Mas o MP recorreu.
O desembargador Mairton Marques Carneiro atendeu ao recurso do MPPA e concedeu liminar voltando a tornar suspenso o Festival de Verão da Diversidade em Cametá, com shows de Pabllo Vittar, Timbalada, Tonny Garrido e outros artistas, marcado para este fim de semana.
O desembargador Carneiro entendeu que o “referido decreto de emergência tem prazo de validade de 180 meses, portanto Cametá ainda se encontra amparado pela ‘situação emergencial’, o que se mostra incompatível com a realização de evento artístico que demanda considerável dispêndio de recursos financeiros”.